Falcão, o Rei de Roma

Hoje, como já foi feito algumas vezes, vamos falar sobre um grande craque da história do futebol mundial. Desta vez, trata-se do Rei de Roma, Paulo Roberto Falcão. Mais adiante falamos sobre seu estilo de jogo e seus feitos no futebol, antes eu proponho um desafio a quem por acaso nunca tiver ouvido falar sobre Paulo Roberto Falcão. Vou fornecer nove minutos de imagens dele em campo e peço que o leitor responda à seguinte pergunta: Falcão era meio-campista ofensivo, segundo atacante ou atacante de área?

Peço desculpas pela falta de qualidade das imagens em alguns trechos (qualidade de resolução, não de jogadas). Esse vídeo apresenta muitos gols e algumas jogadas de Falcão.

Se você respondeu "Nenhuma das três, Falcão era volante" baseado nesse vídeo, você acertou (embora eu não tenha ideia de como você chegou a essa conclusão). 

Falcão era um volante extremamente técnico com a bola nos pés. Acredito que sem exagero posso dizer que Falcão foi o melhor jogador que o mundo já viu em sua posição, pois além de dar bom suporte à defesa, participava do ataque como nenhum outro, com mais eficiência do que a maioria dos meias ofensivos que vemos em bons times.

Falcão jogou no Internacional de Porto Alegre e na Roma, da Itália, além de uma rápida passagem pelo São Paulo, última equipe em que atuou. No Inter foi o maior jogador da história da equipe e, assim como na Roma, foi um dos maiores ídolos da equipe.

No Internacional, onde começou em 1972, Falcão participou de uma equipe genial, campeã dos estaduais de 1973, 1974, 1975, 1976 e 1978 e dos Campeonatos Brasileiros de 1975, 1976 e 1979, sendo esta última de forma invicta. Só não digo que ele foi o melhor jogador em todas essas conquistas, porque em 1975 e 1976 ele era ainda muito jovem e o Inter contava entre outros com Elías Figueroa, sobre quem podemos escrever algum dia, que venceu a premiação de Melhor Jogador da América do Sul três vezes seguidas (74, 75 e 76). Mesmo assim em 1975 Falcão recebeu a Bola de Prata da Revista Placar (entrou para a seleção do Campeonato).

Um dos gols mais famosos de Falcão, contra o Atlético Mineiro em 1976, nas semi-finais do Brasileirão no final do jogo. Apareceu no outro vídeo colocado.

Na Conquista de 1979, foi indiscutivelmente o grande nome do torneio, recebendo pela segunda vez consecutiva a Bola de Ouro da Placar, como melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Em 1980, Falcão se transferiu para a Roma.

Na Roma, Falcão foi vital para que o time se consolidasse como um dos grandes times da Itália. Com Falcão, a Roma conquistou um Campeonato Italiano na temporada 82-83 e em duas oportunidades venceu a Coppa Itália (na temporada 80/81 e na 83/84), e sua pior colocação no Campeonato Italiano foi 3º lugar.

Para efeito de comparação, na temporada anterior à chegada de Falcão, a Roma havia ficado em 6º lugar e na temporada 84-85 (Falcão jogou 4 partidas, por problemas com contusões), a Roma ficou em 7º (eram 16 times).

Nesse período, Falcão jogou a Copa do Mundo de 1982, marcando três gols e sendo votado o segundo melhor jogador do torneio, embora o mágico time do Brasil não tenha chegado sequer às semifinais. Vejamos alguns de seus lances nessa Copa.

Gols de Brasil 4x0 Nova Zelândia, um gol de Falcão.

Jogadas de Falcão contra a Escócia. Podemos vê-lo fazendo tudo que um bom volante deve fazer, como roubar bolas e fazer a saída de jogo da equipe, mas também chegando ao ataque com bons passes e marcando um gol.

Mesmo comentário do outro jogo, só que dessa vez ele fez uma assistência. Também é interessante notar em alguns lances Falcão roubando a bola do jovem Maradona.

Golaço marcado por Falcão na partida em que o Brasil foi eliminado.

Pela seleção, Falcão jogou também a Copa de 1986, mas acabou não se apresentando tão bem como fizera quatro anos antes.

Entre outras premiações, o 8º Rei de Roma, como foi chamado na Itália, entrou na lista dos melhores 123 jogadores vivos, feita por Pelé e na lista dos 100 melhores jogadores do século 20 da World Soccer.

Viva Falcão, o Rei de Roma!

Brasil 3, Bielorrússia 1

Embora eu não concorde integralmente com a lista apresentada por Mano Menezes, tenho que dizer que gostei do Brasil que eu assisti hoje.

Desde o início, o Brasil tocou bem a bola, embora as oportunidades não aparecessem. A Bielorrússia teve mais sorte. Na primeira descida, o brasileiro naturalizado Renan marcou um belo gol.
O Brasil seguiu melhor  e conseguiu o empate, após cruzamento de Neymar para Alexandre Pato, que cabeceou firme e empatou o jogo.
No segundo tempo a Bielorrússia pouco ameaçou e o Brasil pressionou no início. Quando o jogo esfriou, para minha surpresa - e para a nossa alegria - Neymar apareceu. Sofreu falta em boa posição, cobrou com perfeição e virou o jogo. No final do jogo, ele (Neymar), fez grande lance e tocou de calcanhar para Oscar fazer Brasil 3, Bielorrússia 1.
Honestamente, fazia algum tempo que eu não via a seleção jogando tão bem. Gostei muito das atuações de Marcelo, que depois do Neymar foi o grande destaque na minha opinião, Thiago Silva, sempre seguro na defesa, Neymar, que acabou sendo o melhor em campo, apesar de ter ficado sumido em parte do jogo e de Oscar, no segundo tempo.
Outros jogadores também atuaram bem, como Rafael - que fez um bom primeiro tempo - Pato, que marcou um gol importante mas depois apareceu pouco e Hulk, que tentou bastante mas não esteve em seu melhor dia.
O que acabou decepcionando foi a atuação de Ganso. Ele entrou faltando mais de 20 minutos e quase não pegou na bola. Nesses momentos eu me pergunto se não seria bem melhor levar o Bernard ou o Philippe Coutinho (eu levaria um dos dois). Mas, no geral, todo o time foi bem.
Com a vitória, o Brasil garante a vaga para as quartas de final. O próximo confronto do Brasil pelas Olimpíadas é contra a Nova Zelândia no dia 1 de agosto.

Os gols de Brasil 3 x 1 Bielorrússia

Dessa vez o Neymar jogou muito, torçamos para que isso se repita!

Vai Brasil!

Rivellino, o Reizinho do Parque

Hoje iremos falar sobre o melhor jogador que o Corinthians formou e teve, Roberto Rivellino. Apesar de seu excepcional futebol, além de torneios menores, Rivellino venceu apenas um Rio-São Paulo em 1966 dividido com 3 outras equipes. Peço muito enfaticamente que vejam o vídeo abaixo e constatem sozinhos a qualidade de Riva (como era chamado pela torcida do Fluminense).

Este incrível vídeo, é a melhor compilação de Rivellino que eu vi até hoje. Recomendo a todos que assistam, vejam o altíssimo nível técnico do gênio criador do elástico.                    

Entre 1954 e 1977 o Corinthians ficou 23 anos sem ganhar um Campeonato de grande expressão. No meio dessa turbulência, surge o maior jogador da história da equipe: Roberto Rivellino. 
Em 1965, Rivellino é alçado ao time profissional do Corinthians. Teria 19 anos e com sua técnica para driblar, passar e chutar consegue rapidamente virar titular e posteriormente se tornar o principal jogador da equipe, adquirindo o apelido Reizinho do Parque. Ainda em 1965 já é convocado para a seleção brasileira.
Em 1968 após receber uma caneta do Reizinho do Parque o lendário Franz Beckenbauer diria:
“Vim ao Brasil na esperança de ver o Rei Pelé, mas vi Rivellino, que jogador!”.
Apesar de receber esse tipo de reconhecimento e ser inquestionavelmente um dos melhores jogadores do país, Rivellino não conseguia a titularidade na Seleção Brasileira. O grande "culpado" disso era o já firmado meia Gérson com quem disputava posição. A Copa do Mundo de 1970 estava se aproximando e Rivellino recebeu uma oportunidade para jogar como titular pela seleção, mas não na sua posição de meia. O Reizinho do Parque foi escalado como ponta-esquerda, mas isso não foi um problema. Rivellino marcou o gol da vitória do Brasil e foi muito elogiado por sua atuação.
O técnico Zagallo então, promoveu Rivellino ao time titular, e ele passou a jogar como ponta-esquerda, a não ser nos momentos em que Gérson não estava jogando, quando o Reizinho do Parque voltava à sua posição de origem, o meio campo. Como tudo no time de 70, isso funcionou muito bem e Rivellino entrou para a seleção do torneio na Copa do Mundo de 1970. Os mexicanos, impressionados com a precisão e força de seus chutes, o apelidaram de "Patada Atômica" (chute atômico).

Compilação das jogadas de Rivellino na estréia do Brasil na Copa de 1970, marcando um golaço e empatando o jogo.

Jogadas de Rivellino no segundo jogo do Brasil. Esse jogo ficou muito famoso por causa da feita por Gordon Banks em cabeçada de Pelé e por causa do desarme de Bobby Moore em Jairzinho (conhecido como desarme perfeito). O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Jairzinho.

Infelizmente não consegui encontrar compilação com as jogadas de Rivelino nessa partida. Ficam aqui os gols da partida, incluindo o primeiro, marcado pelo Reizinho do Parque.

Alguns lances de Brasil 3x1 Uruguai pela Copa de 1970, incluindo o terceiro gol, que sacramentou a vaga do Brasil na final, em mais um chute de fora de Rivelino.

Gol de Pelé na final, com assistência de Rivellino.

Elástico de Rivellino na final contra a Itália. Primeiro elástico "famoso" da história.

Se com a seleção o sucesso era grande, no Corinthians o jejum de títulos continuava apesar de suas grandes atuações. Se arrastaria até o ano de 1974, quando o Corinthians chega na final para enfrentar o Palmeiras. Tecnicamente o jogo foi horrível e o Palmeiras venceu. Pior do que a continuação do jejum, Rivellino, considerado culpado pelo resultado, saiu do Corinthians após marcar 141 gols e se transfere ao Fluminense.

Rivellino fala sobre sua saída do Corinthians. Clique AQUI para uma compilação de Riva no timão.

                Gols da vitória do Fluminense por 4 a 1 contra o Corinthians, na estréia de Rivellino, que marcou 3 gols, incluindo um de cobertura.

No Fluminense Rivellino jogou em uma equipe genial (no qual ele era o melhor jogador), ao lado de nomes como Carlos Alberto Torres. No novo time,  foi campeão Carioca em 1975 e em 1976, além de chegar à semifinal do brasileiro nesses dois anos. Em 1978 se transferiu para o Al Hilal da Arábia Saudita, onde encerrou a carreira em 1981.

                                Compilação de jogadas de Rivellino no Al Hilal, o último time que defendeu.

Encontrar vídeos com todas as jogadas de Rivellino durante um jogo, como os vídeos da Copa de 1970, é raro. Colocarei aqui todos os que eu consegui, e fica para quem quiser ver. 5 dos 6 jogos dele na Copa de 1974 estarão disponíveis. Nesse torneio, o Brasil apresentou-se mal, mas graças ao futebol do seu camisa 10, que terminaria como artilheiro do time, chegou até a semifinal. Há também um jogo da Copa de 78 (ele perdeu a maior parte da competição por lesão), mais um pela seleção em 76 e duas partidas pelo Corinthians.

  Copa de 1974, no empate contra a Escócia.

                         Copa de 1974, vitória por 3 a 0 contra o Zaire, Rivellino acabou com o jogo.

Copa de 1974. Apesar do bom futebol de Rivellino, o Brasil só passou da 1ª fase pelo saldo de gols.

"Reivellino" acabando com a Argentina, segunda fase de 1974.

   Esse gol foi marcado no único jogo da Copa de 1974 que não consegui achar as jogadas individuais dele na íntegra.

A partida contra a Holanda em que o Brasil foi eliminado. Quem assistir poderá ver que Rivellino tomou um soco e nenhuma punição foi aplicada ao holandês. Se ele tivesse sido expulso como deveria ter sido, será que o Brasil teria ganho essa Copa? Nunca saberemos.

Copa do Atlântico de 1976, grande atuação e golaço.

Rivellino contra a Inglaterra na Copa de 1978. Ele chegou machucado e não pôde jogar integralmente essa Copa.

Rivellino, já aposentado, em um amistoso pelo Corinthians. Por muitos dos vídeos apresentados, queria agradecer ao dono do canal "zouzinho 5" que tem vídeos de vários jogadores e vocês podem acessar clicando aqui.

Compilação de uma partida pelo Corinthians, a histórica virada contra o Palmeiras em 1971 (4x3).

Viva o eterno Reizinho do Parque! O gênio criador do elástico!

Marco Van Basten, o Holandês Voador

Apesar de o campeonato brasileiro estar bastante interessante, preferi falar sobre outro jogador antigo. Talvez eu esteja meio nostálgico ultimamente. Voltando ao futebol, Marco Van Basten é um craque, tão craque que é craque em comparação à maioria dos craques que o mundo já teve. Van Basten teve que encerrar a carreira precocemente, com 30 anos (embora tenha ficado inativo antes), devido às lesões que teve. Mesmo assim, ele venceu 3 Bolas de Ouro e é considerado por um número significativo de pessoas como o melhor jogador que o mundo já viu.
Profissionalmente, Van Basten jogou por Milan e Ajax. O início foi no Ajax. Entre a temporada 81-82 e a 86-87 Van Basten marcou 128 gols em 133 partidas pela liga holandesa, com destaque para o intervalo entre a 83-84 e a 86-87 (118 gols em 112 partidas, foi quando ele virou titular). Destacando uma parte do destaque, na temporada 85-86 em que fez 37 gols em 26 partidas. Nessa temporada ele recebeu a chuteira de ouro da Europa (dois anos antes havia ficado com o 2º lugar).
No Ajax Van Basten venceu 3 campeonatos holandeses (artilheiro nas 4 temporadas em que foi titular), duas copas da Holanda e uma Winner's Cup (extinta competição continental da Europa).

                        "Se tentar outras dez vezes, nunca vou conseguir de novo. Esse é um momento que é dado a você." Marco Van Basten.

Gols de Inglaterra 1 x Holanda 3, Euro 1988. 3 gols de Van Basten.

Na temporada 87-88 Van Basten transfere-se ao Milan, se tornando o principal jogador do melhor time do mundo à época e um dos melhores de todos os tempos (prefiro esse time ao Barcelona atual). O Milan foi campeão na primeira temporada de Van Basten, mas ele só jogou 11 partidas, por causa das lesões no tornozelo.
Essa falta de jogos deve ter deixado Van Basten com fome de bola, porque na temporada seguinte, ele jogou demais. Venceu a Eurocopa com a Holanda (ao lado dos companheiros de Milan Rijkaard e Gullit) sendo o melhor jogador e o artilheiro com 5 gols. O gol marcado por ele na final da Euro foi um dos gols mais bonitos de todos os tempos.
Na temporada 1988-1989 no Milan, fez 32 gols em 47 jogos (excluindo os amistosos,), incluindo 19 gols em 33 jogos na pesada liga Italiana, e ainda se adaptando ao estilo de marcação da mesma. Ele marcou dois gols na final da Champions, e o Milan venceu.
Na temporada seguinte ele foi artilheiro do campeonato Italiano, com os mesmos 19 gols, só que dessa vez em 26 jogos e o Milan ganhou outra Champions. Com tanto sucesso, as bolas de Ouro de 1988 e 1989 não lhe escapam, assim como os prêmios de melhor do mundo pela IFFHS nos mesmos anos e o prêmio de melhor do mundo da World Soccer de 1988.
Na temporada 90-91 o rendimento de Van Basten cai. 31 jogos e 11 gols no campeonato Italiano. Mesmo assim, ele ainda venceu o prêmio de melhor do mundo da IFFHS (principalmente pelo que fez na 89-90). Na temporada 91-92, a última artilharia de Van Basten, com 25 gols em 31 jogos no campeonato Italiano, levando o Milan a vencer novamente o campeonato Italiano.
A temporada 1992-1993 marca a última temporada em que Van Basten atuou profissionalmente com 13 gols em 15 jogos pelo Italiano, 6 gols em 5 partidas pela Champions e nenhum gol em 3 jogos pela Copa/Supercopa da Itália. Seus feitos o renderam mais uma Bola de Ouro em 1992 e o prêmio de Melhor do Mundo da FIFA (segundo vencedor da história). Depois disso, Van Basten teve uma série de lesões, com as quais lutou até desistir em 1995.
Peço desculpas pela escassez de vídeos. Não adianta nada eu falar sobre a carreira dele se eu não puder mostrar nada dele jogando. Mas agora vem a redenção:

          Alguns gols dribles e assistências de Marco Van Basten. Um dos melhores vídeos sobre ele que eu vi. 

Embora esteja no outro vídeo, não posso deixar de destacar esse golaço. Um dos melhores já marcados.

Football's Greatest é uma produção da Pitch International. São vários documentários sobre jogadores que estão entre os melhores a ter jogado uma partida. Os 27 minutos dedicados a Van Basten são excelentes. Destacaria também a abertura, que eu acho fenomenal.

Meu propósito era compartilhar a genialidade de Van Basten! Espero ter conseguido. Espero também que o futebol nos presentei com atacantes semelhantes a Van Basten. Sim, semelhantes, porque igual nunca vai haver. Haverá e houve grandes atacantes, diferentes, melhores ou piores, ficará a critério de quem assistir, mas Van Basten é irrepetível!

Sócrates, o Doutor da Bola

Primeiramente, desculpem a falta de postagens. Estive andando pelo interior pernambucano e sem internet. Agora vamos falar sobre Sócrates (embora no começo do texto não pareça que faremos isso). A partir do primeiro vídeo, falaremos exclusivamente sobre Sócrates.

Você já se perguntou por que um jogador de futebol ganha tanto dinheiro para chutar uma bola? Certamente você deve ter se perguntado isso. Eu formulei minha própria teoria.
Em algum momento na história do futebol surgiram os patrocinadores. Eles ainda existem, são esses que vemos hoje estampados nas camisas dos clubes. Os produtos e serviços destes patrocinadores são consumidos pelos torcedores das equipes ou fãs de jogadores. Com o tempo, os financiadores do futebol passaram a ganhar mais e mais dinheiro e também a querer mais e mais dinheiro.
E por isso os jogadores são necessários. Para manter as vitrines, sem fazê-las perder valor. Um exemplo rápido. A frase "A seleção Brasileira de futebol representa o Brasil", é verdadeira ou falsa? Para a maior parte das pessoas é verdadeira. Mas a seleção não vive um bom momento. Suponhamos que a má fase da seleção se prolongue e piore. Os brasileiros vão perder o interesse na seleção, os investimentos de patrocinadores não terão rendimentos e uma grande vitrine deixará de existir.
Graças aos jogadores, sentimos, até certo ponto, orgulho de nossa seleção, assim como muitos outros países. Sentimos orgulho também de nossos times. Neymar ganha 3 milhões de reais em um mês por ser o melhor jogador (ou não) para representar o país e nos trazer orgulho (ou não) assim como faz com o Santos (ou não). Mas até agora, como 99,9% dos jogadores que ganham bem, Neymar é um mero peão do sistema, que ganha muito dinheiro fazendo isso e faz outros ganharem ainda mais dinheiro. Ele pode até não perceber isso, mas as coisas são assim.
Falando assim, pode parecer que eu esteja imune a tudo isso, mas eu mesmo compro vários produtos do Corinthians. Não quero ser mal interpretado, eu também me encanto e sou apaixonado pelo futebol, e a maior parte dos jogadores está interessada em ter uma carreira de sucesso e ser marcante onde jogar, mas, quer queiram, quer não, eles são usados para que outros enriqueçam.
Toda essa explicação é porque ao falar sobre Sócrates, eu não poderia deixar de dizer que ele foi diferente. Ele não foi um peão do sistema.  Sócrates era culto, formado em medicina, gravou 3 CD's e até escreveu peças teatrais. Sócrates liderou o movimento da Democracia Corinthiana (há um link no fim do post que fala sobre a Democracia), o maior movimento ideológico da história do futebol (se alguém conhecer algum maior, por favor, me mostre), discursou pedindo eleições diretas e entrou em campos com faixas pró-democracia na época da ditadura militar.

Corinthians com faixa de apoio à Democracia

Sócrates, com mensagem de incentivo ao voto na camisa.                         

Reportagem de 10 minutos sobre Sócrates. Uma espécie de introdução ao que vem agora.

No futebol, Sócrates foi ídolo no Corinthians (por mais discutível que isso seja, acho que o maior ídolo), clube em que jogou por 6 anos marcando 172 gols em 297 jogos (8º maior artilheiro) e na seleção brasileira, sendo capitão do time de 1982 (22 gols em 60 jogos, 4 gols em copas do mundo). Tinha grande visão de jogo e precisão cirúrgica nos passes, mesmo de calcanhar. Chutava bem com as duas pernas, era bom no jogo aéreo (era alto), por isso marcava muitos gols. Jogava com muita elegância, sempre parecendo jogar sem esforço.

Entre outras premiações, Sócrates foi eleito jogador Sul Americano do Ano em 1983 (a premiação que Neymar recebeu ano passado, só que ele concorreu com Zico, Maradona, Falcão...), entrou para a FIFA 100, a lista dos 123 melhores jogadores vivos feita por Pelé em 2004 e foi votado 61º melhor jogador do Século 20 pela revista World Soccer.

Começou sua carreira em 1974 no Botafogo de Ribeirão Preto, na época em que fazia faculdade. Faltava muitas concentrações, saindo de plantões e indo jogar. 

Em 1976, foi o artilheiro do campeonato paulista com 15 gols. Em 1977 o Botafogo conquista o primeiro turno do campeonato paulista e Sócrates é o destaque. Em 1978 transfere-se para o Corinthians, vencendo 3 campeonatos paulistas (1979, 1982 e 1983). Em 1982 nasce a Democracia Corinthiana, tendo sido ele o principal líder. 

                                           

Alguns gols de Sócrates pelo Corinthians.

                           

Sócrates em ação pelo Corinthians em 83, contra o Flamengo

Sócrates contra o Grêmio em 82. Para mais vídeos do doutor, clique aqui.

Em 1979 estréia pela Seleção Brasileira, jogando duas Copas do Mundo (1982 e 1986) e duas Copas Américas (1979 e 1983). Embora Sócrates, bem como o Brasil, tenha se apresentado bem nessas competições, principalmente na Copa do Mundo de 1982, o Brasil não venceu nenhuma delas. A seleção venceu apenas alguns mundialitos jogados na Inglaterra e na França. 

                                         

            Senão todos, quase todos os gols do Doutor da Bola com a seleção. Há 2 gols que foram anulados.

                                       

                              Mais de 10 minutos de jogadas de Sócrates pela seleção Brasileira.

Sócrates contra Tchecoslováquia em 82. Jogou muito.

Sócrates contra a União Soviética na Copa de 82. Marcou um golaço.

Em 1984, Sócrates transfere-se a Fiorentina, onde tem passagem de um ano, voltando ao Flamengo (sendo Campeão Carioca de 1986 e o módulo verde da Copa União de 1987, que não discutirei se foi Brasileiro ou não), depois jogando pelo Santos e encerrando a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto.

                                      

                                         Sócrates em sua rápida passagem pela Fiorentina.

O segundo gol no vídeo é um golaço sensacional de Sócrates.

Descanse em paz Doutor! O senhor era um gênio! Eterno ídolo do Coringão!

http://www.meutimao.com.br/historia-do-corinthians/fatos-marcantes/democracia_corinthiana (Link para quem quiser saber mais sobre a Democracia Corinthiana).

Rivaldo, o Melhor Pernambucano da História

Falaremos agora sobre Rivaldo, que, sem margem à duvidas, foi um jogador incrível. Em seu auge, no Barcelona, chegou a ganhar o prêmio de Melhor do Mundo da FIFA e a Bola de Ouro da revista France Football, isso competindo com jogadores como Zidane e Figo. Na seleção Brasileira, Rivaldo foi um meio campista brilhante (ao vivo, o melhor que eu acompanhei), vencendo a Copa das Confederações de 1997, a Copa América de 1999 (em que foi o melhor jogador, e olha que Ronaldo também jogou muito nesse torneio) e a Copa do Mundo de 2002 (há quem o considere o melhor jogador da Copa, mas ele foi o 4º na Bola de Ouro do torneio). Além disso, Rivaldo é o 6º maior artilheiro da seleção canarinho, com 34 gols em 74 partidas (partidas oficiais).
Rivaldo foi revelado no Santa Cruz, clube em que sonhou jogar na infância e então transferiu-se para o Mogi Mirim, onde venceu a segunda divisão do Campeonato Paulista. Em 1993, ainda no Mogi, Rivaldo foi notícia por marcar o "gol que Pelé não fez" em uma partida do Campeonato Paulista.

                                   Vídeo com o golaço de Rivaldo no Mogi, o segundo mostrado no vídeo.

Ao lado de outros jogadores do Mogi, Rivaldo foi emprestado ao Corinthians, não tendo se apresentado bem no torneio Rio-São Paulo. No Campeonato Brasileiro, Rivaldo não decepcionaria marcando 11 gols em 19 partidas e recebendo a Bola de Prata da revista placar como um dos melhores atacantes (sim, a posição em que a Placar o colocou foi atacante) do campeonato. Em Dezembro de 1993 Rivaldo estreou pela seleção contra o México, marcando o gol da vitória.

                              Veja o primeiro gol de Rivaldo pela seleção Brasileira, em 1993.

Em 1994, o Corinthians tentaria contratá-lo em definitivo, mas acabou desistindo da contratação por questões financeiras. Grande erro seria aquele. Do Mogi Mirim, Rivaldo foi contratado pelo Palmeiras, que tinha a Parmalat como financiadora na época. No alviverde paulista, Rivaldo foi o melhor jogador do Campeonato Brasileiro, de 1994, que acabaria vencendo em uma final contra o seu ex-clube Corinthians. Nos dois jogos da final, Rivaldo marcou 3 dos 4 gols palmeirenses. Ele recebeu mais uma vez a Bola de Prata da revista Placar, dessa vez na posição de meio campista. Apesar de não estar jogando como atacante, ele acabaria como vice-artilheiro da competição. No Palmeiras, Rivaldo venceu também o Campeonato Paulista de 1996.

      Embora eu não goste de lembrar, nesse vídeo vemos grande gols de Rivaldo atuando no Palmeiras.

Em 1996, Rivaldo é vendido ao Deportivo La Coruña, marcando 21 gols naquela edição do Campeonato Espanhol (4º lugar na briga pela artilharia, que acabou não sendo tão acirrada devido aos 34 gols de Ronaldo).

                    Veja os 21 gols de Rivaldo no Espanhol de 1996/1997. Novamente, grandes gols.

Na temporada seguinte, Rivaldo transfere-se para o Barcelona. No clube catalão, Rivaldo chega ao auge de suas habilidades, jogando em um nível que certamente o coloca entre os maiores jogadores da história. Não foi por acaso, que Pelé o colocou em sua lista com os melhores 125 jogadores vivos. O youtube coloca a nossa disposição muitos vídeos para analisar o nível técnico de Rivaldo, embora não sejam tantos quanto eu gostaria, em sua passagem pelo Barcelona. Vamos aproveitar isso. Antes, a observação de que Rivaldo ganhou uma Bola de Ouro e um prêmio de Melhor do  Mundo da Fifa, ambos no ano de 1999 e ficou em terceiro duas vezes consecutivas na eleição do melhor do mundo da Fifa em 2000 e 2001. Primeiro os gols.

                Gols de Rivaldo no Barcelona (99/00 e 00/01). Destaque para o último gol, que é tão espetacular que mesmo no meio de tantos golaços tem lugar de destaque. Um dos melhores gols da história.
         

Gols de Rivaldo no Barcelona (97/98 e 98/99). Destaque para o gol aos 20 segundos.

               

Esse vídeo foi o melhor que eu encontrei demonstrando as habilidades de drible de Rivaldo. Alguns gols que já apareceram antes se repetem aqui, mas ninguém se importa em rever golaço, não é?

            Esse vídeo mostra passes de Rivaldo. Infelizmente é a única compilação de passes que eu encontrei no youtube. Mas serve como demonstração da habilidade deste gênio na arte de passar.

Vamos mudar um pouco o foco do texto. Para finalizar sobre Rivaldo no Barcelona, ele foi Bi-Campeão Espanhol e Campeão da Copa do Rei. Por clubes, Rivaldo não repetiria o nível de atuações do Barcelona, embora tenha jogado bem por Olimpiacos e AEK Athens. Falemos agora sobre Rivaldo na seleção brasileira.

Rivaldo marcou 8 gols em Copas do Mundo, sendo 5 deles na Copa de 2002, em que dividiu a vice-artilharia com Miroslav Klose. Além destes, participou da construção de muitos outros.

Entre 1997 e 1999 formou uma parceria incrível com Ronaldo, com quem tinha grande entendimento dentro de campo. Depois de 1999, quando o fenômeno começa sua luta contra as contusões, as atuações da seleção e de Rivaldo caem bastante de produção, mas com o retorno de Ronaldo em 2002, o Brasil e seu camisa 10 reencontram o bom futebol e a seleção conquista a Copa do Mundo pela quinta vez. Rivaldo acabou não sendo reconhecido como deveria, e após 2003 deixou a seleção.

Os 34 gols de Rivaldo pela Seleção em 4 minutos

Acabei de fazer upload de um vídeo com cinco minutos de jogadas da inesquecível dupla Ronaldo e Rivaldo na seleção. Por hora, o Blogger não consegue localizá-lo. Até conseguir consertar isso e fazer upload na página, vou deixar o link do vídeo, que vocês podem acessar clicando AQUI.

Bom, eu poderia continuar, mas o post já está extenso. Acho que aqui tem muita coisa boa do Rivaldo para todos que queiram conhecer mais de seu futebol ou relembrar. Se tiverem alguma sugestão de jogador sobre quem gostariam que eu postasse, deixem nos comentários.

Que o futebol brasileiro, forme mais gênios como Rivaldo!!!

E deu Corinthians

Escrevo aqui, ainda comemorando a conquista Corinthiana. Com grande satisfação, direi o que eu vi do jogo.
Honestamente esperava mais do Boca Juniors, e creio que todos esperavam. O time esteve apagado em campo, criou pouco, praticamente não chutou ao gol adversário. O grande responsável por isso, penso eu, foi aquele que era a maior esperança de quem torcia contra o Corinthians: Riquelme.
O craque (sim, ele continua sendo craque) errou passes que não costuma errar e não teve nenhum lampejo. E era um risco que o Boca corria. A equipe joga com 3 volantes, sendo Riquelme o único jogador de criação. Estando ele sem inspiração como se encontrava ontem, o Boca joga sem armador.
Já o Corinthians começou nervoso, e foi se soltando gradualmente. No início do jogo o Boca chegou a ser melhor, mas sem ameaçar o gol defendido por Cássio. O Corinthians equilibrou as ações e foi tomando conta do jogo, ficando mais com a bola, mas também sem ameaçar muito. Houve apenas alguns chutes de Alex, todos de fora da área e sem muito perigo e dois lances daquele que seria o nome da decisão: Emerson. Mas ficava a sensação de que o Corinthians estava melhor na partida.
No segundo tempo, o Corinthians tomou conta de vez do jogo, e na primeira chance clara, o gol saiu. Falta batida por Alex, Jorge Henrique desvia, a bola sobra para Danilo, meio desequilibrado, que, no melhor estilo Sócrates, toca magistralmente para Emerson fazer o gol. 1 a 0 Corinthians.
A partir daí o torcedor não via a hora do jogo acabar. O Boca precisava do gol, e por isso colocou mais um atacante em campo. Mesmo assim seguiu sem ameaçar muito o gol Corinthiano.
O Boca tocava a bola sem conseguir criar chances de marcar. E nesse toque de lado, o experiente Schiavi errou. O seu passe encontrou Emerson Sheik, que disparou, chegando a 33km/h e fez o segundo gol do Corinthians.
Aí, foi só esperar o jogo acabar e a fiel torcida pôde soltar o grito de campeão da Libertadores.

            Veja, ou melhor, reveja, já que você certamente assistiu o jogo, os gols de Emerson que garantiram a conquista do Corinthians.

                 Veja os melhores momentos da decisão (novamente, você já deve ter visto).

Análises e Histórias antes da Final

Como todos sabem, amanhã o Corinthians enfrentará o Boca Juniors (Arg) para tentar pela primeira vez conquistar a Libertadores da América. Muitas análises estão sendo feitas, e há quem diga que o Boca trará mais problemas ao Corinthians no Pacaembu do que fez em La Bombonera.
Embora seja um jogo imprevisível, gostaria de arriscar algumas análises e previsões.

1. O jogo não será mais problemático para o Corinthians do que o ocorrido na última quarta-feira. Embora tenha ouvido de muitos que torcerão contra o Corinthians que o Boca apresenta melhor desempenho fora de casa, os números mostram que isso não é verdade. Na segunda fase da Libertadores o Boca Juniors venceu todos os seus jogos dentro de casa, menos o jogo do dia 27. Já fora de casa, apenas uma vitória (ainda me refiro à segunda fase).
2. Apesar de não jogar melhor fora de casa como muitos dizem, o Boca é uma equipe difícil de ser batida mesmo fora de casa. Tanto que ainda não perdeu como visitante. Por outro lado, na Libertadores 2012 como mandante, o Corinthians empatou 1 jogo e ganhou 5, tendo tomado apenas um gol.
3. O Corinthians sairá mais para o jogo do que nas duas últimas partidas que jogou. Como mandante o Corinthians jogou toda a competição atacando bastante (tirando o jogo contra o Santos, em que já entrou com a vantagem do empate), tanto que até as quartas de final o Corinthians tinha média de chutes maior do que o Santos, que detinha o melhor ataque do torneio. A maioria destes chutes, foi dada como mandante.
4. Se o Corinthians leva vantagem por jogar em casa e por sua consistência defensiva, o Boca leva vantagem por sua tradição na competição (o passado não ganha jogo, mas certamente afeta o pensamento de quem está dentro de campo) e por ter um craque, mesmo que em final de carreira, Riquelme.
5. Os lances mais perigosos do Corinthians virão de bola parada, com Alex, e nas descidas de Paulinho.

Analisando racionalmente, devemos levar em consideração que o Boca não perdeu como visitante, e que o Corinthians não perdeu como mandante, por isso o resultado mais provável é o EMPATE, com decisão nas penalidades máximas.

Analisando de modo um pouco supersticioso, a expectativa para amanhã é de uma vitória do Corinthians, e explicarei a razão disso.
A campanha Corinthiana em sua única conquista continental até hoje, a Copa do Atlântico de 1956, está repleta de coincidências com a campanha Corinthiana na atual edição da Libertadores. Naquela ocasião, o Corinthians eliminou duas equipes brasileiras nas quartas de final e semifinal (Santos e São Paulo, respectivamente). Na Libertadores 2012, ocorreu o mesmo (o Corinthians eliminou Vasco e Santos). Para completar, a final em 1956 foi contra o Boca Juniors.

Como Corinthiano que sou, não posso concluir esse texto sem dizer: VAI CORINTHIANS!

                                                     Riquelme, o craque do Boca.

Confira abaixo toda a campanha Corinthiana para chegar até esse jogo no Pacaembu. Há apenas um erro: o jogo contra o Nacional não foi no estádio "Defensores del Chaco".

Abaixo, links para quem quiser saber mais sobre a Copa do Atlântico, importante competição continental. Esse torneio foi um dos certames que originou a Libertadores da América.
http://forum.esporte.uol.com.br/copa-do-atlantico-de-clubes-de-1956---torneio-sulamericano-dos-anos-50_t_1821769
http://en.wikipedia.org/wiki/Copa_do_Atl%C3%A2ntico

Não deu para a Itália

A Itália, enquanto teve onze jogadores em campo, lutou bastante, mas não deu para resistir à qualidade do time espanhol. A equipe de Fábregas, Xavi e Iniesta jogou melhor desde o princípio, tocando a bola como os jornais vinham pedindo, em direção ao gol, e goleou a Itália por 4x0.
Do outro lado, um time que tentou, lutou, mas conseguiu poucas chances. Super Mário Balotelli ou Majin Buulotelli, como as montagens na internet mostraram ameaçou até fazer 4 gols, mas as ameaças ficaram fora de campo. Dentro dele, um atacante que pouco participou do jogo.
Di Natale acabou tendo a melhor oportunidade Italiana, que talvez tivesse mudado a história do jogo caso fosse convertida. Mas não era o dia da Itália, a bola não entrou, e a Espanha completou sua goleada.
Na última postagem, havia exprimido meu desejo de que o futebol da seleção brasileira de 1982 inspirasse futuras gerações brasileiras, mas hoje, a equipe mais próxima daquele inesquecível time é a seleção espanhola (mas cá entre nós, o time de 82 é melhor).
Por fim, parabéns a Espanha, que tem a geração mais talentosa de sua história, joga o melhor futebol do mundo, e algumas vezes até irrita por ganhar tanto.

Muito se falou sobre Balotelli antes da final, e o jogador foi febre nas redes sociais, mas quando a bola rolou, nada pôde tirar o foco da Espanha.

A Espanha, com uma equipe incrível e que ainda continua apresentando novos jogadores, como Jordi Alba e David Silva, autores de dois gols na decisão.

Confira os gols de Espanha 4x0 Itália

Um Dos Times Mais Artísticos da História

Dia 5 de Julho, completar-se-ão 30 anos desde que o Brasil foi eliminado da Copa de 1982. Apesar de não ter nos trazido o tetra, esse time ainda é lembrado como a equipe mais forte que o Brasil montou depois de 1970. A safra de craques era incrível. Entre outros, a seleção contava com:
- Sócrates, o Calcanhar de Ouro, o Doutor da Bola, considerado por muitos, inclusive eu, como o maior ídolo da história do Corinthians.
- Zico, o Galinho de Quintino, quase unanimemente tido como o maior jogador e ídolo da história do Flamengo.
- Falcão, o Rei de Roma, o maior ídolo do Internacional, e um dos maiores volantes que já houve (na minha opinião, o melhor).
- Júnior, grande ídolo flamenguista e um dos maiores laterais que o mundo já viu.
Abaixo, alguns registros da genialidade desse equipe, para que quem viu relembre, e quem não viu conheça.

Vídeo com alguns gols marcados nessa copa. Notem o toque de bola fácil, e quase hipnótico, dessa seleção. Na sequencia, os compactos de todos os jogos da seleção nessa Copa.

Virada na estréia com dois golaços.

Goleada Tranquila

Outra Goleada.

Depois desse jogo todo mundo achou que nada poderia impedir o Brasil de ganhar. A Argentina tinha muitos jogadores campeões do mundo em 1978 e o jovem Maradona, mas o Brasil deu show.

A trágica eliminação contra a Itália, que tinha um goleiro parede e um atacante que desencantou fazendo 3.

Que a magia da equipe de 1982, possa inspirar as futuras gerações da seleção brasileira!