sexta-feira, 11 de julho de 2014

A Um Jogo da Glória

A Copa do Mundo é a maior fábrica de lendas do futebol mundial. Se é que há necessidade, explico com um exemplo: Maradona. Tenho quase certeza de que se o lendário craque argentino não tivesse feito o que fez na Copa de 86, ele não seria tão lembrado quando se falasse a respeito dos melhores jogadores de todos os tempos.

Não me interpretem mal, meu objetivo aqui não é, de forma alguma, falar que o argentino não seja um dos maiores jogadores da história. O que quero destacar é que se ele não tivesse jogado o que jogou na Copa de 86 ele dificilmente seria listado pela maioria das pessoas entre os 10 melhores de todos os tempos.

Sendo um pouco mais polêmico agora, acho que o nível de reverência que o Pibe de Oro ganhou por causa do que fez naquele mundial totalmente justo. O que ele fez em 86 foi fantástico, na minha opinião, a melhor participação individual de um jogador numa Copa. Olho para seus lances e me pergunto se qualquer jogador, em sua melhor fase e nas mesmas condições, poderia ter feito melhor (e, possivelmente, ninguém poderia).

Maradona com o Troféu em 86. Você pode ler sobre o argentino clicando AQUI.

Bom, após essa introdução, indo mais diretamente ao foco do texto, vamos tratar da seguinte pergunta: quem pode ser consagrado na Copa do Mundo do Brasil (ou quem já foi)? Bom, um nome que certamente veio à mente dos leitores foi o de Lionel Messi. E, de fato, se a Argentina vencer a final depois de amanhã, talvez o craque do Barcelona passe a ser tido como o maior futebolista de seu país em todos os tempos.

Eu não acho que, pelo que demonstrou até agora, Messi (que é um jogador incrível) seja o maior jogador de todos os tempos (pelo menos não em termos de técnica, que é o que mais me importa). Mas, sinceramente, se a Argentina vencer domingo, que argumento "concreto" eu terei para dizer que, por exemplo, Ronaldo e Maradona foram melhores que Messi? 

O atual craque da Argentina supera ambos os citados em "estatísticas brutas" e em títulos por clubes. Se "La Pulga" ganhar a Copa do Mundo, principalmente fazendo uma boa final, praticamente só restarão critérios subjetivos  para dar suporte a ideia de que ele seja inferior ao Fenômeno e ao Pibe de Oro. Em resumo, se a Argentina vencer a Alemanha depois de amanhã, muitos passarão a considerar Messi o maior jogador de todos os tempos (já há quem pense assim, mas muitos outros irão aderir a essa ideia em um cenário no qual a Albiceleste leve o mundial).

Mais um jogo, e Messi pode ter o único grande título que lhe falta

Quem já foi consagrado nessa Copa foi Miroslav Klose, o maior goleador de todos os mundiais. Confesso que, primeiramente, achei ruim essa quebra de recorde, por dois motivos. O primeiro, bem evidente para quem acompanha minhas postagens, é que ele quebrou o recorde do meu maior ídolo no futebol. O segundo é que eu não achava, digamos elegante, olhar para a tabela dos maiores artilheiros das Copas e ver o nome de um jogador que é apenas bom (não um craque, muito menos um gênio) encabeçando essa lista.

Mas, depois de pensar um pouco, eu acho positivo que o recorde esteja nas mãos de Klose. Ele é um jogador humilde, esforçado e disciplinado (para se ter ideia, ele dorme às 20:00h). Vejo que a marca do alemão transmite a seguinte ideia: "Com dedicação e trabalho duro suficientes, até alguém que não tem um super talento pode ser o maior artilheiro da maior competição que existe." E essa é uma bela mensagem.

Só abrindo espaço para uma observação que eu, como fã do Ronaldo, não poderia deixar de fazer. O brasileiro não é diminuído em nada com a quebra de seu recorde, obviamente continua sendo um dos maiores jogadores de todos os tempos, como diz o próprio Klose: 

"O que tenho a dizer para ele é o mesmo que dissera para ele antes de quebrar seu recorde: que ele é uma lenda do esporte. Jogo na Itália e todo mundo com quem eu falei lá disse que o Ronaldo foi o melhor jogador que já atuou na Itália. Para mim, ele é o jogador mais completo de todos os tempos."

Mais uma coisa sobre Klose: ele é muito honesto. Tanto que ele até marcou um gol de mão, mas disse ao juiz e o tento foi anulado. Aqui estão os 16 gols do alemão em Copas.


Mas a consagração de Miroslav Klose pode ser mais completa. Apesar de seus 16 gols em mundiais, o atacante jamais venceu uma Copa do Mundo. Caso a Alemanha vença a final, não só ele, como na verdade toda a geração de craques e grandes jogadores desse país serão lembrados como parte de um time lendário. Esses atletas (muitos deles) já ganharam tudo que podiam com o Bayern de Munique, mas não conseguiram nenhuma grande conquista por sua seleção. 

Um triunfo germânico no domingo e isso muda bruscamente. Müller, Schweinsteiger, Kroos, Lahm, Neuer e seus colegas de seleção serão lembrados por sua força coletiva. Com mais algumas conquistas, essa geração poderia até ser mais lembrada do que a fantástica equipe holandesa nos anos 70 (que foi, por duas vezes, vice na Copa e ganhou tudo no Ajax), e, quem sabe, poderá ser considerada a maior equipe da Alemanha em todos os tempos (superando o time de Gerd Müller e Beckenbauer). E tudo isso sem nenhum grande destaque individual.

O timaço alemão, que acabou com o Brasil.

Talvez seja um pouco injusta a discrepância entre o reconhecimento que essa geração receberá se vencer e a maneira como será lembrada se perder, mas, no fim das contas, a história quase sempre só se lembra dos ganhadores. Por agora é tudo, e, antes que alguém pergunte, estarei torcendo para a Alemanha. Por agora é tudo, clique AQUI para curtir nossa página no facebook.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Brasil x Alemanha - A Maior Humilhação

Hoje, a exemplo do que ocorreu na final da Copa das Confederações, vamos escrever o texto sobre o jogo de hoje com ele em andamento. Tomara que, assim como naquela ocasião, o Brasil também dê um show. Hoje vamos jogar com Bernard no lugar de Neymar e Dante substituindo Thiago Silva. Boas opções, mas particularmente a primeira me surpreendeu um pouco.

Brasil começou pressionando, Marcelo já arriscou o primeiro chute e o juiz cometeu o primeiro erro. Neuer aparece, sempre seguro e calmo. Vai ser extremamente difícil fazer gol nele... Mas vai Brasil! 6 minutos e o jogo está morno, com a bola transitando mais entre as intermediárias. 

Caramba, vendo esse lance do Fred tenho a impressão que ele está bem sem confiança. Ele recebeu a bola na entrada da área e, em lugar de chutar, tentou o toque. Era melhor ter chutado. Paciência. Marcelo acabou de armar o contra-ataque da Alemanha, mas pelo menos cortou para escanteio. Putz... Gol do Müller (possivelmente o futuro maior artilheiro das Copas). Como que deixa um jogador perigoso desses sozinho. Espero que o Brasil tenha controle emocional para buscar a virada.

Que lance do David Luiz! Mas Hulk cruzou mal. Brasil vai tentando, mas é difícil entear na defesa da Alemanha.  Marcelo vai chegando... Não foi penalti, carrinho na bola. Após o replay tenho mais convicção ainda. Bom cruzamento do Oscar. A nossa seleção tenta pressionar.

21 minutos e o jogo está muito truncado. O Brasil até tenta, mas a Alemanha fecha bem a defesa, com os volantes e o laterais. Puta merda, gol do Klose. Caraca. Esse jogador que não é um craque agora é o maior artilheiro das Copas. E ainda lascou o Brasil. Que droga. Júlio rebateu para o meio em vários jogos, e hoje deu problema. 

Caraca, isso é Santos e Barcelona? Minha nossa, 3 a 0. Cruzamento na área e Kroos pega de primeira e faz o terceiro. Pqp... Outro gol do Kroos. 4 a 0. Que humilhação. Mas o pior é que teoricamente dá tempo. Se a Alemanha fez 4 em 25 minutos, teoricamente, nós poderíamos fazer em 65, mas ... Puta merda. Que zona. 5 a 0. Meu Deus do céu. Até o Khedira fez gol. Parece até pelada. O que aconteceu com a nossa defesa?!? Quase que era outro gol do Kroos.

A moral da tropa tá baixa... Será que eu preciso mesmo escrever alguma coisa sobre esse jogo?

O Brasil está indo para cima no segundo tempo, não tem o que fazer. Rezando aqui por uma virada histórica, por mais improvável que seja. Quase não dá para vibrar, mas o Brasil voltou bem. Caraca, não perde o gol, Oscar! Mas o Neuer é um goleiraço. Que chutes do Paulinho! Neuer é muito bom! Fred, faça o favor de chutar feito homem. Os jogadores da Alemanha tão dando risada.

Primeira defesa do Júlio César. Não dá para jogar a culpa da derrota nele, mas acho que ele falhou no segundo e no terceiro. Ah, peraí, para de se jogar. O Neuer é bom, mas vamos fazer pelo menos um. Paulinho deveria ter começado jogando... 

Gol!!! É da Alemanha! Não, pera... 6 a 0, o que vem a ser isso?  Caramba, Willian no lugar do Fred. Será que o Felipão pensou nisso sozinho? Queria pelo menos um gol de honra. Boa jogada Willian... Gol da Alemanha. Uma pausa: torcida que está no estádio não sabe torcer, cara, não se vaia o próprio time. Como que está a cabeça dos jogadores? O Casagrande também tá de brincadeira. Os comentaristas elogiaram a escalação antes do jogo e agora ele diz que o time foi muito mal escalado. GOL!!! Oscar!!!

Então, se é que há algo para ser analisado o Brasil apagou nos minutos seguintes ao gol do Klose, perdeu o jogo ali. Júlio César falhou em alguns gols, mas enfim a gente foi muito inferior em tudo. Acho que o Neymar e o Thiago Silva não teriam evitado nossa derrota, que é a maior goleada da história de nossa seleção. Talvez o segundo pudesse pelo menos ter evitado que a seleção tomasse tantos gols, mas vai saber. Vou parar esse post por aqui, não vou colocar link, agora vou tentar fazer qualquer coisa para esquecer essa partida. Boa noite, e vai Brasil!!! Ainda somos os maiores campeões do mundo, e o Ronaldo continua sendo infinitamente melhor que o Klose!!

Di Stéfano, A Flecha Loira

Começo esse post no dia em que falece um dos maiores jogadores de todos os tempos, uma verdadeira lenda, Alfredo Di Stéfano. Para muitos, este argentino é o melhor futebolista de todos os tempos, tendo ficado em segundo na lista dos maiores jogadores feita pela World Soccer em 1999. A fim de prestar uma justa homenagem a esse grande craque, vamos recontar sua trajetória no futebol.

Alguns gols e dribles deste lendário jogador

O Início: River Plate, Millionarios e Hurácan


Em 1945, o talentoso jovem Di Stéfano iniciou sua carreira no River Plate  (a época, o melhor time da Argentina). Acabou sendo emprestado ao Hurácan em 1946, onde marcou 10 gols em 25 jogos. Neste clube, deu mostras suficientes de seu talento para, já no ano seguinte, ser titular do River e da seleção Argentina. Com os Hérmanos, a flecha Loura venceu a Copa América em 47, sendo artilheiro com 6 gols, e com "La Maquina" venceu o campeonato argentino, balançando as redes em 27 oportunidades, mais do que qualquer outro.

Ele continuou com boas apresentações em 1948, embora tenha tido menos sucesso, e, no ano de 1949, junto com muitos outros futebolistas de seu país, foi para o Millonarios. No clube colombiano, venceu a liga nacional deste país em 49, 51 e 52, sendo que neste último ano, chamou a atenção do então presidente do Real Madrid, Santiago Bernárbeu (após seu clube bater os Merengues por 4 a 2). O Real então fez o melhor negócio de sua história: em 53 contratou Di Stéfano impedindo que o mesmo fosse para o Barcelona, que já havia iniciado negociações com o clube colombiano.

Partida entre Real Madrid e Millonarios, em que Di Stéfano marcou o segundo e o quarto dos colombianos


O Auge: Real Madrid (54-60)


Algumas coisas devem ser ditas antes de falarmos sobre os feitos da Flecha Loira no Real Madrid. A primeira delas é que, na época de sua chegada, o Barcelona, que contava com László Kubala, começava a se notabilizar, tendo vencido os dois últimos Campeonatos Espanhóis, assim como as três Copas da Espanha anteriores. Além disso os merengues nem de longe eram a potência que são hoje, estando a mais de 20 anos sem levantar um troféu da Liga. Naturalmente, com a chegada do craque argentino (que a essa altura já se naturalizara colombiano), as coisas mudarão para os Blancos. 

Logo em sua primeira temporada, Di Stéfano leva o Real Madrid, que também havia contratado Francisco Gento, à conquistar o Campeonato Espanhol, já sendo artilheiro do certame. Os Merengues levaram também a edição 54-55 da Liga, a segunda com o argentino. Mas isso era apenas o começo. Na temporada seguinte monta-se a primeira edição do que hoje conhecemos como UEFA Champions League e os Blancos vencem a competição, com a Flecha Loira marcando em todas as fases.

Final da primeira Champions, emocionante 4 a 3. Di Stéfano fez o primeiro gol do Real (o terceiro no vídeo).

Mas as coisas ficariam ainda melhores: no ano seguinte o Real deixa seu time ainda mais forte, contratando o francês Kopa, e pela primeira vez vence o Espanhol e a Champions na mesma temporada. Di Stéfano, artilheiro e principal jogador do time, após se naturalizar Espanhol (em 57 estreou por sua terceira seleção, com 3 gols), recebe sua primeira Bola de Ouro.

Di Stéfano jogando pelos Blancos.

Foi o jogador mais inteligente que eu vi jogar, transpirava esforço e coragem. - Bobby Charlton, Bola de Ouro em 66, falando sobre Di Stéfano. O Manchester, em que Charlton jogava, foi eliminado pelo forte Real Madrid nas semifinais da Champions em 57.

O Real seguia se reforçando, e ia colecionando títulos. Para a temporada 57-58 o grande reforço seria o zagueiro uruguaio Santamaría. Mais um campeonato Espanhol  e mais uma Champions viriam. No entanto, em 58, Di Stéfano acabaria sendo "esquecido" pela Bola de Ouro, possivelmente por não ter jogado a Copa do Mundo naquele ano. Seu colega de time Raymond Kopa ficaria com o prêmio.

Os Blancos se reforçavam a cada ano, e como tudo que é bom pode ficar ainda melhor, o próximo reforço do Real Madrid seria nada menos que Férenc Puskás, que formou uma parceria simplesmente histórica com Di Stéfano. Assim, chega a ser quase desnecessário falar que os Blancos, pela quarta vez seguida, venceram a Champions League na temporada 58-59. Em 59 a Flecha Loira voltaria a receber a Bola de Ouro. Mas seria no ano de 1960 que a equipe de Madrid chegaria ao seu melhor momento.

Na temporada 59-60 o Real Madrid jogou, para muitos, o melhor futebol que um clube já apresentou. Nesse ano os Blancos venceram não só uma quinta Champions League, mas fizeram isso vencendo todos os jogos, sendo 6 a 3 o placar agregado mais apertado da campanha merengue. Na final, venceram a equipe alemã Eintracht Frankfurt por 7 a 3, com três de Di Stéfano e quatro de Puskás.

Os Lances de Di Stéfano na final da Champions em 1960 (o título está errado), vale muito a pena ver.

Os Últimos Anos: Real Madrid (61-64) e Espanyol


Di Stéfano continuou jogando em altíssimo nível pelo Real nos anos que se seguiram, mas acabou tendo menos sucesso. Mesmo assim venceu quatro Campeonatos Espanhóis seguidos da temporada 60-61 até a 63-64. Todavia, na primeira das temporadas citadas, os Blancos foram, pela primeira vez, eliminados da Champions, e pelos seus rivais, o Barcelona. O clube catalão tinha o então Bola de Ouro Luis Suárez (não confundir com o uruguaio), e eliminou os Merengues em uma partida na qual o brasileiro Evaristo de Macedo (não confundir com o jornalista) marcou o gol decisivo.

Ele estava mais velho, mas vocês podem ver sua qualidade. Aqui seus lances contra a Inglaterra em 63.

Outros pontos altos dos últimos anos de Di Stéfano no Real Madrid foram os vice-campeonatos da Champions em 61-62 (em que foi artilheiro) e 63-64. A Flecha Loira entretanto já contava com uma idade bastante avançada e, após 61, ele passa a não figurar mais entre os indicados à Bola de Ouro. Em 64, já com 38 anos, deixa o Real Madrid, indo para o Espanyol, onde jogou até aposentar-se em 66. Miguel Muñoz, então treinador madrilenho justificou a saída do ídolo com os dizeres:

Alfredo era meu amigo e companheiro de quarto nos hotéis e concentrações. Eu o admirava. Na realidade, me deixava de olhos arregalados cada vez que pegava na bola. Mas já tinha 38 anos e suas condições físicas não eram as melhores. Poderia ter continuado titular jogando somente como ponta, com um raio de ação limitado, como Ferenc Puskás, mas queria seguir estando em todos os lugares do campo. Não podíamos seguir assim.

Mais gols e lances de Di Stefano por Espanha e Real Madrid

Uma Fatalidade: Ausência em Copas do Mundo


Devido a uma série de coincidências, Di Stéfano acabou nunca jogando uma Copa do Mundo. Em 50 não jogou porque a Argentina se recusou a participar do torneio, que era no Brasil. Já em 54 teria jogado pela Espanha, não fosse o fato de ainda não ter a cidadania espanhola, e, portanto não poder ser convocado (Argentina e Colômbia não jogaram nessa edição da Copa).

A Copa de 58 foi a única edição em que Di Stéfano, de certa forma, ficou fora por sua própria culpa, pois, já jogando pela Espanha, acabou perdendo a vaga para a Escócia (que a época era uma seleção relativamente forte). Em 62 a Fúria, contando com a Flecha Loira e Puskás, acabou se classificando para o mundial, mas o argentino naturalizado acabou ficando fora do mundial por uma lesão na coxa.

 Por seleções o único torneio que venceu foi a Copa América com a Argentina, em 47, à qual fizemos menção no início do texto. De qualquer forma, Di Stéfano segue sendo um dos maiores (talvez até o maior), jogadores do mundo em todos os tempos. 

Se Pelé foi o violinista principal, Di Stéfano foi a orquestra inteira. - Helenio Herrera, ex técnico do Barcelona.


Não menos que um gênio do futebol. Descanse em paz, Di Stéfano.

Descanse em paz, Di Stéfano. Você pode curtir nossa página no Facebook clicando AQUI e pode encontrar mais vídeos de Di Stéfano neste CANAL.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Brasil Pode Ganhar!

Passei alguns dias sem escrever, principalmente por questão de estudo. De qualquer forma, voltemos à Copa do Mundo. Embora muitas coisas tenham acontecido desde nossa última postagem, como três jogos do Brasil e todas as partidas das oitavas de final, vamos falar apenas sobre o assunto mais importante deste momento: Neymar está fora da Copa do Mundo.

Em um jogo relativamente tranquilo, nossa seleção contou com gols dos zagueiros David Luiz e Thiago Silva para vencer a Colômbia por 2 a 1, sendo pressionado apenas no final. Todavia, aos 41 minutos do segundo tempo, a principal estrela de nossa seleção sofreu falta dura de Zuñiga, e deixou o campo chorando. Pouco mais de uma hora e meia mais tarde veio a notícia de que Neymar fraturou a terceira vértebra lombar e, portanto, está fora da sequência da Copa.

Como comentaristas de diversas emissoras apontaram que a seleção brasileira depende de seu camisa 10, uma das primeiras perguntas que vêm às nossas cabeças é: será que o Brasil pode vencer a Copa sem o Neymar? Bom, estou bem longe de negar que ele é importante para o nosso time, mas acho que o título da postagem deixa minha opinião bem clara: não dependemos dele e podemos levar o hexa em 2014.

As estatísticas mostram que Neymar é o jogador que mais consegue criar situações de gol em nossa seleção, tendo participado diretamente de 6 dos 10 gols que nossa equipe marcou na Copa. Esses números evidenciam que, de fato, nosso camisa 10 é muito importante para o Brasil, mas sua importância não se resume a isso. Ele é fundamental também para abrir espaços para os colegas de time, pois é sempre muito marcado, e também faz com que a equipe se sinta mais confiante.

Neymar é muito importante para a criação das jogadas de gol

Todavia, apesar de tudo o que foi falado até agora, o Brasil não depende de Neymar, e, prova disso, é que, nos últimos dois jogos, ele jogou muito mal (a verdade tem de ser dita), e nós passamos. Nessas partidas, nosso camisa 10 cobrou dois escanteios que resultaram em gols, mas esteve muito individualista, perdendo a bola repetidas vezes em ambos os jogos, e também errou diversos passes (segundo estatísticas da placar, ele foi desarmado 17 vezes contra o Chile, mais do que na primeira fase inteira, e não acho que tenha perdido menos bolas hoje). 

Gostaria de fazer uma observação aqui, apenas para ressaltar que, mesmo sendo o jogador que mais perdeu a bola no torneio, nosso camisa 10 é muito importante para o time, apenas fez dois jogos ruins. Eu esperava que, na sequencia, ele voltasse a perder menos bolas e a marcar gols, mas digo que nas duas últimas partidas ele foi, tirando os escanteios, quase nulo, para indicar que não dependemos dele.


A marcação foi dura em cima de Neymar, e ele perdeu a bola muitas vezes

Quem provavelmente vai entrar no time, é Willian, que é um jogador de qualidade, que é bom nos quesitos de drible e passe, mas não é tão eficiente na finalização. Creio que, no saldo de tudo, nosso time fica sim menos forte, mas ainda é um time competitivo. Sem o nosso camisa 10 nós provavelmente teremos mais dificuldades em criar chances de gol (inclusive porque nossos demais jogadores serão mais marcados), mas, por outro lado, é possível que mantenhamos mais a bola, já que, a princípio, ninguém será desarmado tanto quanto Neymar vinha sendo. 

Caso alguém não saiba (o que eu duvido), nosso próximo jogo é contra um adversário fortíssimo, a Alemanha (que o Klose não faça gol), mas nós podemos sim vencer, mesmo sem Neymar. Aliás, espero que nossa seleção, que também não contará com Thiago Silva (suspenso), consiga reverter a ausência do camisa 10 em motivação para jogar melhor. Amanhã teremos Bélgica e Argentina, e, meu palpite é que a Bélgica fará uma excelente partida (mas pode perder mesmo assim), além de Holanda e Costa Rica (a princípio a Laranja Mecânica é favorita, mas futebol se decide no campo).  Apenas uma última informação, a recuperação de Neymar deve levar 4 a 6 semanas, sem a necessidade de cirurgia. 

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#ForçaNeymar
#RumoaoHexa